quarta-feira, 17 de junho de 2009

lo miedo de perderte


São coisas que me abastecem de medo, vagando entre a terra e o céu, desfarçadas de segredo. Vim gastando meus sapatos, me livrando de alguns pesos, perdoando meus enganos... desfazendo minhas malas! Vim, achei que eu me acompanhava, eu era confiante! outra hora era um nada... a vida presa num barbante, eu mesma quem dou os nós. Alguém gritou meu nome ou eu quis escutar? Vem, nunca é tarde ou distante, vou te contar os meu segredos, a vida solta num instante... Há tanta vida la fora, e eu aqui dentro, perdendo-me em meu próprio eu, confusamente perdida em uma eversão de realidades tão cruéis... A impâciencia me afoga e ao dar-me conta ja estou distante da superfície. Presa num mundo que não sei se me pertence, mas me consome. Vivo em um círculo vicioso de pensamentos constantes sobre o que sacia meu coração, o hoje me tira o sono, o amanhã me receia. Me receia acordar e deparar-me com uma cama vazia, ou com um coração deslacerado, despedaçado, sem uma parte dele, sem você. Um turbilhão de pensamentos insistem em habitar em minha cabeça. Já tentei me interessar pelo que fosse me distrair e confortar, mas o meu interesse mesmo é você, e me distrai e me conforta, não me interesso por mais nada. Considero minha vida opaca e raramente diluida, mas tenho meus dias de sol e cor. Eu poderia permanecer nessa vida de mortes estrondosas e diárias... mas ando me encontrando, achei meu lugar, e não pretendo sair, aqui quero me entregar, aqui estou posta a amar, ao amor vou me dar. Eu não mudei, sou a mesma, continuo acordando no meio da noite, ainda sou incomunicavél pelas manhãs, ainda não me acostumei a encher de volta a forma de gelo, ainda troco de canal a cada dez minutos, ainda tomo café e ainda reviro na cama sem parar, o que mudou mesmo foi essa vida relusente que eu parecia gostar de manter. Ando ignorando as aproximações e amando mais do que nunca. Tenho parado de querer entender o que não consigo (por mais que eu não conheça ninguém mas esperançosa do que eu), mas não consigo encontrar nada que seja suficiente para me calar, e nem quero. Não quero calar se posso me expressar, se posso libertar esses sentimentos aqui dentro aprisionados. Eu quero dessa vez amar como nunca amei, me dar como nunca me dei, vai valer a pena... Estão sendo as páginas mais lindas escritas em minha vida. Encontro-me bem comigo, bem com nós, bem do jeito que nos encontramos, e é aqui nessa surpresa que ganhei que desejo permatecer até cair, até não mais saber...

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