domingo, 21 de junho de 2009

vinte de junho

Sentei-me ao banco daquela praça, só um cão me fazia compania. Era uma manhã fria, acho que um frio que eu não havia sentido jamais antes. Contei todas as árvores que haviam ao meu redor... E quando eu pensava que muito tempo já havia passado e o Sol já estaria a chegar, olho no relógio e mal se passaram seis minutos. Todos que naquela rua passavam, olhavam-me, sentada alí, sozinha, num frio destes de inverno de Nova York. Passou um senhor, posso lembrar-me da sua velha face enrrugada; Com ele um cão, que veio até mim... Me olhava fixamente, parecia saber o que passava aqui dentro, eu sorri pra ele (E olha que eu sou de uma antipatía sem igual com cães). O senhor aproximou-se e perguntou-me se eu estava à espera de alguém. Eu respondi que estava à esperar minha carona. Qual carona? Não havia nem carona, nem destino. Eu era da rua, era a rua minha casa naquele dia, ou melhor, naquela manhã. Os únicos quatro reias que eu tinha na carteira, eu já havia gasto, isto é, se eu quisesse comer, ficaria querendo... e eu queria! Agora eu sentia frio e fome. Eu mal havia dormido na noite antecedente. Agora eu sentia frio, fome e sono. O pouco que dormi foi dentre os braços de quem quero possuir pro resto da vida ao meu lado. E se passei este dia desabrigada, eu o passaria novamente, faria tudo outra vez, mesmo que fosse pior. Por ele, pelo meu amor... da vida inteira!

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